sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Aplicando as TIPOLOGIAS

Olá, queridos dançarinos!

O próximo passo dos ensaios da nossa dança é um pouco mais prático. A tarefa de hoje consiste em aplicar o modelo proposto por Luciana Duranti no conjunto documental anteriormente trabalhado no nosso lindo blog (link aqui). O texto sugerido pelo professor André que irá nos servir de referência é: DURANTI, L. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázques. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5). - CAP.5.

O capítulo 5 do texto de Luciana Duranti trata do estudo dos elementos externos (forma física) e dos elementos internos (forma intelectual) dos documentos a partir de uma análise de três períodos históricos: medieval, moderno e contemporâneo. De acordo com Duranti (1996, p. 132), os elementos externos são essenciais para a compreensão das ações que os documentos se envolvem no contexto de criação deles. Dessa forma, a autora expõe um modelo de análise diplomática crítica que busca alcançar o conhecimento da função dos documentos por meio da sua forma, a função do criador dos documentos e, com isso, poder verificar a autenticidade do documento. Normalmente, esse modelo é aplicado quando não se conhece o contexto dos documentos.

No nosso caso, conhecemos o contexto de produção dos documentos da MCEbyte quando fomos destinadas a organizar o fundo da empresa, por meio da solicitação do Centro de Pesquisas da Ilusão. No entanto, vamos realizar essa análise proposta no texto de Duranti, porque conhecer novos passos nunca é demais!

Crítica Diplomática: elementos externos

Imagens Impossíveis
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: imagem
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: não consta
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: imagética
Divisão de parágrafos: não consta
Rasuras e correções: não possui
Software de computador: editor de imagens
Fórmulas: não consta
  • Linguagem
Vocabulário: informal
Composição: imagem
Estilo: publicitário/comercial
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Não possui
  • Anotações
Fase de execução: não possui
Fase de manejo: não possui
Fase de administração: rascunho

Pedido de Viagem
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: formulário de preenchimento e perguntas de múltipla escolha
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: formulário
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais:  avenida (Av.), apartamento (ap.), Rio de Janeiro (RJ)
Software de computador: editor de planilhas
Fórmulas: não consta
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: texto informacional
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Assinatura e logomarca empresa
  • Anotações
Fase de execução: formulário de pedido de viagem emitido pela empresa
Fase de manejo: tipo de viagem escolhido
Fase de administração: não possui

Tabela de Preços
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: tabela de preenchimento
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: tabela
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais: não possui
Software de computador: editor de tabelas
Fórmulas: soma
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: preços
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: tabela de preços para fins de consulta emitida pela empresa
Fase de manejo: padrão nos preços do tipo de viagem
Fase de administração: não possui

Nota Fiscal de Venda ao Consumidor
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: nota fiscal
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: campos de preenchimento
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: rasura na Nota Fiscal de Maria do Ingá
Abreviaturas e iniciais: não possui
Software de computador: editor textual
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: preços
Estilo: administrativo/contábil
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: nota fiscal de vendas emitida pela empresa com numeração sequencial
Fase de manejo: viagem escolhida
Fase de administração: número sequencial

Ficha Funcional
  • Suporte
Material: papel
Formato: folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: ficha a ser preenchida
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: campos de preenchimento
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais: número (nº), apartamento (ap.), BANARQ, São Paulo (SP), avenida (av.)
Software de computador: editor textual
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: informacional, foto 3x4
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: ficha funcional de funcionários emitida pela empresa com número sequencial
Fase de manejo: referência aos funcionários da empresa
Fase de administração: o número de registro do funcionário

Panfleto Publicitário 
  • Suporte
Material: papel
Formato: folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: imagem e texto de divulgação
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: não consta
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não consta
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais:não possui
Software de computador: editor textual e de imagem
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: informal
Composição: informacional
Estilo: publicitário/comercial
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: prospecto publicitário feito com o objetivo de divulgação da marca da empresa.
Fase de manejo:tipo de viagem
Fase de administração: não possui

Crítica Diplomática: elementos internos

Imagens Impossíveis

Protocolo: não se aplica, pois o documento é composto apenas por imagem e nome da imagem
Texto: não possui
Escatocolo: não se aplica, pois o documento é composto apenas por imagem e nome da imagem
Pessoas: MCEByte (autor do ato); funcionário José Arcimboldo (autor do documento); projetos a serem executados (destinatário)
Qualificação de firma: não se aplica
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Projeto Virtual
Relações entre documento e procedimento: documento participa da fase inicial de implantação de projetos virtuais para prestação de serviços por parte da empresa
Tipo de documento: imagem de projeto, privado, dispositivo, rascunho.
Descrição Diplomática: Imagens Impossíveis; comprovação de projetos virtuais; 4 documentos

Pedido de Viagem
Protocolo: "R. Martins Cornelis [...] fone"; data: 19 de abril de 97
Texto: "Sim, desejo [...] Para tanto"
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); clientes da empresa (autor do documento); MCEByte (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato contratual
Nome do ato: contrato padrão
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte da contratação e descrição dos serviços que serão prestados ao cliente, bem como termo de responsabilidade
Tipo de documento: contrato, privado, probatório, original
Descrição Diplomática: abril de 1997 (Rio de Janeiro); clientes; pedido de contratação dos serviços da empresa MCEByte; 4 documentos

Tabela de Preços

Protocolo: “Preços Válido a partir [...]”
Texto: “Nome, implante de chips [...]”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte contábil da empresa MCEByte (autor do documento); clientes e funcionários da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato de procedimento
Nome do ato: tabela de registro de preços
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte do processo inicial de compra e venda da empresa, descrevendo os valores dos serviços e materiais utilizados
Tipo de documento: registro de preços, público, dispositivo, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte; tabela de preços; registro de valores; 4 documentos
Nota Fiscal de Venda ao Consumidor

Protocolo: “CGP 18.981.972 [...] Inscr. Est. 011 [...] Série A-1 nº0153”
Texto: “Data [...] Nome [...] Endereço”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte contábil da empresa MCEByte (autor do documento); clientes da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato contratual
Nome do ato: Nota Fiscal
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte da conclusão da contratação de serviços da empresa pelo cliente; formalização do pagamento
Tipo de documento: nota, privado, probatório, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paul; MCEByte; nota fiscal; comprovação de compra do pacote de viagens; 4 documentos

Ficha Funcional 

Protocolo: “Ficha funcional [...] número de registro: 9605"
Texto: “Nome [...] Endereço [...] Cônjuge”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); José Arcimboldo - funcionário da empresa (autor do documento); MCEByte (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Ficha Funcional
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte dos recursos humanos da empresa, descrevendo as funções atribuídas a cada funcionário
Tipo de documento: ficha, privado, dispositivo e probatório, original.
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte;  ficha funcional de funcionário; registro de dados pessoais; 4 documentos

Panfleto Publicitário 

Protocolo: não possui
Texto: “Precisando de férias [...] técnicas”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte de publicidade da empresa (autor do documento); Possíveis futuros clientes da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Panfleto de Publicidade
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte do processo de publicidade e propaganda dos serviços prestados pela MCEByte
Tipo de documento: panfleto, público, dispositivo, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte; panfleto de publicidade; divulgação dos serviços prestados; 4 documentos

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Documento Misterioso?.?.?

Na última aula recebemos o desafio de desvendar o que seria um cartão perfurado de papelão. A dica recebida pelo professor André foi de que o cartão representa o avô do Pen Drive. Para entendermos esse documento misterioso precisamos saber os passos dessa dança, ou seja, a história que envolve esse cartão.

Foto disponível aqui

Em 1801 o francês Joseph Marie Jacquard percebeu que as laçadeiras (peça dos teares onde se enrola o fio para formar desenhos nos tecidos fiados) seguiam uma lógica, e criou um processo de definição dos padrões com os cartões perfurados, transformando o trabalho que antes era manual em algo automático. O cartão perfurado, também chamado de “punch card” registra informações através das perfurações para servir de memória, armazenar e processar dados.

Vale lembrar que até o início da década de 1950 não existia uma forma de armazenar dados como discos, microchips ou fitas, e com isso a produção dos cartões perfurados aumentou, não havendo nenhum tipo de concorrência com outras tecnologias.

Uma curiosidade interessante é que durante décadas a IBM, uma das empresas líderes mundiais de tecnologia, conseguiu grande parte dos seus lucros pela produção e venda de cartões de papelão!

Foto disponível aqui

Agora que entendemos o que representa esse documento, vamos ao espetáculo principal, respondendo algumas perguntas feitas pelo professor André.

Foto tirada do documento que nos foi entregue durante a aula
  1. Qual é a espécie documental? A espécie documental depende do conteúdo que o cartão carrega.
  2. O documento é autêntico? Podemos inferir, de acordo com as informações pesquisadas, que este é um documento autêntico. Primeiramente, verificamos que o cartão passou pelos trâmites usuais de emissão, seu suporte e dimensão estão de acordo com as normas da IBM. Em segundo lugar, ele é o que se propõe a ser, ou seja, um dispositivo de armazenamento. Além disso, acreditamos que este foi produzido pela entidade competente - IBM.
  3. Quais são os sinais de validação desse documento? Os sinais de validação estão representados nos furos que indicam que há alguma informação gravada (diferente de um cartão sem informações armazenadas), a marca IBM registrada no canto esquerdo da imagem e a disposição crescente dos algarismos. Ademais, no canto superior esquerdo, o documento possui números de identificação e logo após as palavras "CONTROLE BIBLIOGRÁFICO".
  4. Qual o formato? Cartão perfurado.
  5. É um documento de arquivo? Se sim, qual arquivo? Se não, por que não? Depende do conteúdo que o cartão armazena. Se a informação contida na memória do cartão for orgânica, poderíamos dizer que este é um documento de arquivo para a empresa produtora, caso contrário, não é documento de arquivo. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Documento é só papel?

Muitas vezes, ao pensarmos em documento, já nos vem logo a cabeça o suporte papel. Claro, já que a mente humana tende a associar uma palavra com algo que é mais difundido e, sabemos, que hoje o papel é sempre a primeira opção para conter informações sobre determinada coisa.

No entanto, não devemos nos restringir somente a esse suporte, precisamos abrir nossas cabeças para inúmeras outras possibilidades. Temos que perceber que o documento é um fato materializado da ação humana, ou seja, contém informações e não necessariamente são escritas.
Já vimos neste blog que uma foto pode ser considerada documento, que um panfleto publicitário também pode e inúmeros objetos de escoteiro trazidos pelo nosso querido professor André também podem ser.

Uma gravação de dança pode ser considerada um documento?  E uma sapatilha de balé?
É o que veremos em seguida!!

As gravações audiovisuais podem sim ser consideradas um documento, pois têm como finalidade registrar a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, coreografia, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Além disso, o vídeo permite captar a fluidez da movimentação, oferecendo uma percepção dos movimentos e suas intensidades.

Assim, vamos analisar diplomática e tipologicamente um vídeo pertencente ao arquivo do Projeto PÉS?:

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HLMIsweEgaE>. Acesso em: 17/09/2015.*

* Vídeo retirado do canal do YouTube do próprio projeto. Link para acessar ao canal

>>Tipologia Documental: Gravação audiovisual coreográfica
>>Definição: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, registrando os movimentos e coreografia utilizada na cena de Tango
>>Atividade: Desenvolvimento coreográfico
>>Subfunção: Apresentação Coreográfica
>>Função Administrativa: Divulgação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da produção artística do Projeto PÉS?
>>Contexto: A gravação se deu devido a necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória. Então, no momento dos Espetáculos, depois da montagem da coreografia e de muitos ensaios, há a gravação. Como o vídeo se relaciona com o contexto de produção e segue a tramitação devida, é considerado autêntico.
>>Produtor: Projeto PÉS?
>>Emissor: Integrantes do Projeto PÉS?
>>Destinatário: Todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Ano de 2012 (dia e mês indefinidos)

Características externas:
  • Espécie: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Dança
  • Gênero: Audiovisual
  • Suporte: Internet
  • Formato: MP4
  • Forma: Cópia
  • Linguagem: Musical, corporal e cultural
  • Duração: 00:03:39
Foto disponibilizada por Clara Sales Brito

Já a sapatilha de balé é considerada um documento, pois faz parte de um figurino de um Espetáculo de Dança. Ou seja, as sapatilhas utilizadas nos espetáculos podem compor os acervos das companhias de dança como forma de preservar a memória. Além disso, as sapatilhas acompanham os bailarinos durante toda a vida artística deles, tanto nas aulas, como nos ensaios e espetáculos, fazendo com que essas possam constituir os respectivos acervos pessoais. No caso de bailarinos famosos, as sapatilhas são documentos de suma importância, já que se torna um meio de comprovação e memória de participação em determinado Espetáculo.

Então, vamos analisar a sapatilha da bailarina Clara Sales Brito, 22 anos, integrante de duas companhias de dança (clássica e contemporânea) e aluna de licenciatura em dança do Instituto Federal de Brasília - IFB:

>>Tipologia Documental: Reunião de Figurino
>>Definição: Especificação de material para a execução dos figurinos
>>Atividade: Desenvolvimento e Manutenção de Figurinos e Adereços
>>Subfunção: Montagem Cênica para Espetáculo
>>Função Administrativa: Encenação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da realização de um Espetáculo
>>Contexto: A sapatilha é essencial para um Espetáculo de Balé, normalmente, não há dança sem o uso da sapatilha. Além disso, esta serve para recordação pessoal do bailarino e preservação da memória da companhia de dança que realizou o Espetáculo. Primeiramente, a sapatilha é adquirida e depois utilizada. A fabricação, quase sempre, não é própria da companhia.
>>Produtor: Clara Brito
>>Emissor: Clara Brito
>>Destino: Uso da Clara nas suas aulas, ensaios, espetáculos.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Indefinida

Características externas:
  • Espécie: Sapatilha de Balé
  • Gênero: Figurino
  • Suporte: Couro
  • Formato: Sapatilha de Meia Ponta
  • Forma: Original
  • Linguagem: Contato Físico

Dança e Diplomática

Hoje é dia de fotografar!!
E nada melhor do que fotografar aquilo que a gente gosta, não é mesmo?

Só que dessa vez você, caro dançarino, vai conhecer algo diferente. O que mostraremos aqui não é simplesmente uma fotografia, e sim a tradução de um conceito arquivístico em um documento fotográfico.

Ontem, dia 17/09, a Universidade de Brasília teve o prazer de ser palco da 3ª edição do Forró Itinerante do Trio Aratirí. O Forró Itinerante é um projeto que tem por objetivo difundir o forró pé de serra no meio acadêmico da UnB. A cada 15 dias, nas quintas-feiras, o trio escolhe, com a ajuda do público, um local para sua apresentação.
O projeto não conta com o apoio da Universidade, apenas depende da colaboração dos alunos. Podemos, então, inferir, aproximando dos conceitos vistos na disciplina de Diplomática e Tipologia Textual, que esse evento não pode ser considerado autêntico, já que não passou pelos processos necessários para a aprovação de projetos realizado pela Reitoria da UnB.

Esse projeto é de extrema importância para com o forró, já que este faz parte do cenário cultural brasileiro e, por isso, deve-se ser preservado como memória coletiva e como um espaço para leituras e interpretações. Além disso, o fato do projeto ser estabelecido no meio universitário estimula a conexão com o social, ao mesmo tempo que promove a produção cultural, musical e de dança. Sendo assim, divulguem e prestigiem o forró e esse projeto tão lindo! Fiquem de olho na próxima edição que será no dia 01/10. Não percam!! (Veja o evento no Facebook aqui)

Claro que nós não poderíamos perder esse evento e, a partir dele, construir nosso conceito. As fotos tiradas por nós fará parte do nosso acervo pessoal como documentos imagéticos de coleção. Enquanto que as fotos tiradas por algum responsável do Trio, fará parte do acervo arquivístico deles, já que é um desdobramento do trabalho realizado e uma forma de comprovação e preservação da memória do projeto realizado, além de ser fonte de pesquisa histórica.

Abaixo temos um panfleto publicitário do evento de ontem. Esse documento serve para a divulgação do evento, contendo informações relevantes sobre o mesmo. Lembrando que essa espécie documental já foi descrita no nosso post da semana passada (Link aqui).


Mas agora vamos ao que interessa!! Abaixo, depois de muito texto e do conhecimento sobre o contexto em que a foto se insere, enfim, nossa foto-conceito:

Conceito: Diplomática

Identificação

Conceito: Diplomática
Autor: Flávia Helena do Espírito Santo
Título: Forró Universitário
Data da Imagem: 17/09/2015
Cidade: Brasília
País: Brasil

Resumo do conteúdo: Pessoas dançando
Conteúdo informativo: A imagem apresenta um grupo de dançarinos da Universidade de Brasília em um evento de forró, destacando as partes inferiores (pernas e pés) dos dançarinos.
Conteúdo literário: Os membros inferiores dos dançarinos representam a principal estrutura necessária para realização dos passos na dança, desta forma podemos compará-las ao conceito de Diplomática, que oferece a estrutura formal dos documentos para sua análise.

Duplicidade e Espionagem

Na aula passada, dia 11/09, assistimos ao filme Duplicity, escolhido pelo professor André, para compor uma das atividades dessa semana. Durante o filme, fomos encarregados de observar documentos inseridos na narrativa, para posteriormente identificar seus sinais de validação, a autenticidade e a veracidade destes documentos escolhidos.

Imagem retirada da internet (Link aqui)

 Antes de começarmos a falar do filme, vamos contextualizar um pouco...
 
Os conceitos de autenticidade e veracidade são facilmente confundidos, mas nós, as Arqlindas, não deixaremos nossos queridos leitores dançando sem repassar a coreografia.

Vamos começar com o conceito de autenticidade. Segundo Duranti, um documento diplomaticamente autêntico é aquele que foi escrito de acordo com o tempo e lugar indicados e assinados pelas pessoas juridicamente competentes para a sua criação. A autenticidade pode ser compreendida como as características que conferem a confiabilidade do documento, tais como assinaturas, logomarcas, carimbos, marcas d'água, enfim... Sinais de validação que são alvos constantes de falsificação. Além disso, não se pode esquecer que a autenticidade está associada com o trâmite do documento, ou seja, para um documento ser autêntico, necessita ter passado por todo processo de tramitação referente a ele.
 
Seguindo, temos o conceito de veracidade. Enquanto a autenticidade diz respeito ao processo de criação do documento,  a veracidade se refere à qualidade da informação que compõe o documento.
Dizer que um documento é verídico, significa dizer que as informações contidas nele são reais.

Bom... Explicados, os conceitos, vamos ao que interessa: quais documentos do filme escolhemos?

  • Cartão de acesso da empresa Burkett Randle utilizado pela funcionária (Bárbara Bofferd) para acesso ao local físico:
  1. Contexto inserido: O personagem Ray Koval precisa entrar na empresa Burkett Randle para pegar um documento. Ele tem um plano: armar um encontro ao acaso com a funcionária da empresa, fingir ser outra pessoa, seduzir a personagem e persuadi-la a levá-lo para a empresa. Neste contexto, a mulher mostra sua credencial para Ray, a qual dá acesso ao local em que ele pretendia entrar.
  2. Sinais de validação: Logomarca e nome da empresa, assinatura de Bárbara, chip que garante o acesso da funcionária à empresa, formato da credencial.
  3. Autenticidade: O documento é autêntico, pois foi expedido pela empresa, dentro dos moldes estipulados e apresenta todas as características necessárias para conferir confiabilidade ao acesso da funcionária à empresa.
  4. Veracidade: A credencial é verídica. A personagem, no contexto do filme, é uma funcionária real da empresa, à medida que sofre consequências decorrentes do sumiço do documento. Logo, as informações contidas no documento de acesso são reais e verídicas.
  • Foto retirada das imagens da câmera de segurança da empresa (nome):
  1. Contexto inserido: As fotos são imagens retiradas do sistema de segurança da empresa Burkett Randle. O sistema foi acessado pelo fato de um documento importante ter sumido e começarem a investigar quem foi o culpado. A foto tem valor comprobatório de que a funcionária permitiu o acesso de Ray na empresa.
  2. Sinais de validação: Não possui.
  3. Autenticidade: o documento é autêntico, pois foi retirado do sistema de segurança inserido no âmbito da empresa. 
  4. Veracidade: a foto é verídica, pois Ray Koval e Bárbara Bufferd estiveram, de fato, presentes no local e na hora apresentados na filmagem. Logo, as informações apresentadas pelo documento de prova são reais.
  • Passaporte:
  1. Contexto inserido: o personagem de Clive Owen faz uso de um passaporte do Canadá para viajar pelo mundo. Estas viagens são feitas pelo motivo de seu plano em parceria com a personagem de Júlia Roberts de dar um golpe na empresa e roubarem a fórmula de um produto que prometeria acabar com a calvice.
  2. Sinais de validação: Brasão, símbolo do país (Canadá), a cor do passaporte condizente com o país, carimbos, assinaturas, foto.
  3. Autenticidade: inferimos que o passaporte é autêntico, à medida que as autoridades competentes aceitam como documento válido para realizar as viagens. Entretanto, constatamos que se o passaporte não foi emitido por órgão competente, ele não pode ser considerado autêntico mesmo se for aceito pelas autoridades. Segundo o conceito retirado do site da UFRGS, um documento é considerado autêntico quando ele transmite a informação correspondente àquela que contém a proposta inicial do respectivo tipo documental que é livre de adulterações ou qualquer outro tipo de corrupção.
  4. Veracidade: o passaporte não é verídico, pois o personagem Ray se passa por outra pessoa para realizar as viagens, logo, as informações contidas em seu passaporte são falsas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Um documento para chamar de nosso

Olá, dançarinos lindos!

Hoje faremos um post um pouco diferente. A atividade desta semana, proposta pelo professor André, é escolhermos um documento que será caracterizado nos moldes propostos por Mariano García (nesta publicação) e que, futuramente, será desenvolvido em nossa oficina.

No começo pensamos: Que tipo de documento seria interessante para ser analisado nesta publicação? Quais são os documentos envolvidos no mundo da dança que mostrariam a realidade dos dançarinos e ao mesmo tempo a nossa, da arquivística? O que representaria, da forma mais interessante, as duas realidades?

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Pensando nisso, com toda a tecnologia que temos disponível hoje, temos registros iconográficos que são capazes de reproduzir o gesto realizado pelo artista em momentos ápices da dança. Trabalhar com documentos como fotos e vídeos será nosso foco daqui para frente, no blog e na oficina. Afinal, a dança é para ser dançada, sentida e assistida. Só assim poderemos entender melhor o universo da dança e inseri-lo mais intensamente no universo arquivístico.

Depois de muita discussão em grupo sobre documentos possíveis no maravilhoso universo da dança, resolvemos escolher um tipo da dança bem diferente, menos divulgado, mas completamente lindo e emocionante. Estamos nos referindo ao Projeto PÉS?. O PÉS? é um projeto de extensão da Universidade de Brasília que tem como objetivo trabalhar movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança.

O documento escolhido foi o panfleto de publicidade do espetáculo Similitudo que foi apresentado em julho deste ano, em Taguatinga:

Disponível na página do Facebook do Projeto PÉS?

Denominação: Panfleto de Publicidade
Definição: Documento de divulgação do espetáculo e informações relevantes sobre, como data, local, hora de início e preço do ingresso.
Características externas:
  • Classe: Textual, com texto digitado e imagética, com fotografia dos integrantes do grupo que realizaram o espetáculo
  • Suporte: Internet
  • Formato: Panfleto Publicitário em JPEG (.jpg)
  • Forma: Original múltipla
Produtor: Integrantes do grupo PÉS?
Destinatário: Todo público interessado em assistir o espetáculo, ou saber mais informações sobre o projeto de extensão.
Legislação aplicável (mais relevante)
Trâmite para sua criação e vigência*:
-Ter definido e ensaiado a execução dos passos do espetáculo;
- Ter um local disponível e uma data que seja possível para a apresentação em grupo;
- Ter autorização de órgão competente (Teatro Sesc) para a realização do espetáculo;
- Ter uma estimativa de público pagante para arrecadação de verba necessária para a realização do espetáculo.
Vigência administrativa do documento*: Vigente até o último dia de apresentação do espetáculo, como documento corrente. Depois passa a ter valor comprobatório da divulgação e da realização do espetáculo.
Vigência cronológica da série documental**: Não consta.
Conteúdo: Conteúdo descritivo de divulgação sobre o espetáculo, contendo nome do espetáculo, nome do grupo apresentador, nome do diretor, data, horário e local da apresentação, valor do ingresso, logomarcas de parceiros que participam da organização e produção do espetáculo.
Ordenação da série**:
Séries relacionadas*: Outros panfletos referentes à divulgações de outros espetáculos realizados pelo Projeto PÉS?.
* Essas descrições são somente uma proposta das ArqLindas, visto que só podemos ter certeza do trâmite e vigência do documento ao analisar  e conhecer o projeto como um todo, realizando visitas, entrevistas, conhecendo a missão do projeto para entender o contexto de criação dos documentos, atividades realizadas pelo projeto etc.
** A análise de um documento sozinho não permite a análise de uma série documental.
Comentário arquivístico: O panfleto de divulgação tem como objetivo principal informar ao público sobre o espetáculo, para que se consiga atrair o maior número de espectadores possível. Depois do término de sua vigência administrativa, o panfleto continua com o valor de prova do trabalho realizado pelo projeto e serve também como inspiração para a criação de novos espetáculos no futuro. A divulgação do trabalho pode fazer parte do acervo do projeto, como documento permanente, tendo em vista seu valor comprobatório.

Análise diplomática

Início do Documento
:
- Intitulação: Nome do projeto que realiza o espetáculo.
- Destinação: Público interessado em assistir ao espetáculo ou saber informações sobre o projeto.
Corpo do Documento:
- Disposição: Referência à concessão e ao lugar de realização do espetáculo.
Fecho do Documento:
- Data: tópica e cronológica - Dia, mês e ano de realização do espetáculo.
- Validação: Logomarcas dos participantes da organização e produção do espetáculo
Comentário diplomático:  Na Antiguidade Clássica, as propagandas e anúncios de produtos a serem comercializados eram feitas oralmente, como a divulgação de lutas de gladiadores, vendas de terras, animais ou escravos. Já na Idade Média, as ruas não eram identificadas por nomes, nem por números. Com isso, surgiu a necessidade de se anunciar, nas fachadas dos estabelecimentos, o que estes tinham para oferecer, para que fosse mais fácil o reconhecimento do produto pelo cliente. Com o aparecimento das empresas, essas imagens de publicação se tornaram frequentes como um facilitador entre as marcas e as mentes dos consumidores e deram origem às logomarcas atuais. Mas voltando à Idade Media.... No século XV, o alemão Johannes Gutenberg inventou um aparelho chamado prensa de tipos móveis (também conhecida como imprensa), o que possibilitou a transmissão da ideia das imagens de propaganda para o papel. E assim nasceu, antes mesmo até do primeiro livro impresso, o panfleto publicitário – na época conhecido como folha volante, foi o primeiro formato publicitário registrado na história, com o intuito de anunciar produtos e espetáculos. 
O panfleto de divulgação pode chegar ao público em suporte papel, e hoje, com o avanço da tecnologia da Internet, ele pode ser disseminado através das redes sociais, o que implica um custo menor (considerando que não haverá o custo de impressão). As disposições dos panfletos de divulgação podem ser variadas, mas o conteúdo sempre conta com as informações básicas referentes ao produto a ser vendido ou divulgado, como local de apresentação ou venda, data e horário da disponibilização do produto oferecido e as marcas de validação, que normalmente são as logomarcas das empresas ou órgãos que apoiam ou produzem o produto divulgado.

Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.
Página do Facebook: Link.

Referências Bibliográficas:
LASSWELL, Harold D. Publicidade tradicional: como tudo começou. In: GONÇALVES, Lilian S. Neuromarketing aplicado à Redação Publicitária. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2013. p.119-120.
ROSSI, Patrícia Dias de. Espetáculos de Balé na cidade de São Paulo (1968-2007): mapeando 40 anos de arquivo. São Paulo, 2009. Dissertação (Mestrado em História Social). Faculdade de  Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Jogo dos sete erros (?)

Como nem só de dança o blog é feito, vamos para os deveres!! 
Os documentos abaixo tratam do controle de frequência dos alunos de uma determinada escola. Um deles foi preenchido pela professora Kátia Donato e o outro foi adulterado em sete itens ou mais... 
Dessa forma, nós, quase arquivistas e lindas, lançamos alguns desafios para quem gosta de ser desafiado: 
1 - Ache pelo menos sete erros (diferenças) nos documentos.
2 - Qual documento é autentico?
3 - Será que esses documentos são verídicos?
4 - Quais foram os tipos de erros encontrados?

Lembrando que, de acordo com Daniella Larcher, os erros acontecem especialmente por três elementos de risco: o erro humano, as fraudes praticadas por terceiros ou empregados e as falhas nos sistemas ou processos. Além disso, a definição de autenticidade, conforme a compreensão de Luciana Duranti, seria os documentos escritos consoante com as práticas do tempo e lugar indicados no texto e assinados pelas pessoas competentes para criá-los. São documentos que suportam uma prova sobre si mesmos. É a reunião de elementos que vão caracterizar a confiabilidade de um documento. Esses elementos são alvos de falsificações constantes, rompendo com a integridade e exatidão. Já a veracidade, segundo Duranti, está ligada ao que o documento propõe a ser e ao contexto no qual está inserido. Quando, por exemplo, o documento possui elementos que não correspondem a sua realidade, pode ser considerado falso.



* O nome da Instituição não foi divulgado, assim como o nome dos alunos e assinatura da professora para preservar a privacidade.
* Caso necessite, há um documento pessoal da professora em questão que será levado para a aula do dia 04/09 para efeitos de comparação.

Vamos entrar nesse desafio?? Contamos com a colaboração de vocês!

Enganando Daniella (parte 3)


Declaração de imposto de renda emitida pela Faculdade IESB. E aí, Daniella, é verídico?



Aluna: Natália Elisa Lucchetti
Matrícula: 13/0127949

Elaborando os Planos - Empresa MCEbyte

Na aula do dia 28/08 fomos promovidas a arquivistas terceirizadas do Centro de Pesquisas da Ilusão, com a tarefa de organizar o fundo fechado da massa falida da MCEbyte. O intuito dessa organização é facilitar o acesso à informação e pesquisa. Durante a análise da documentação, a nós entregue, percebemos que, antes de começarmos a criação do plano de classificação, precisaríamos conhecer  a missão da empresa, para delimitar a área de pesquisa e descrever os documentos que tínhamos em mãos.

Descobrimos, então, que a missão da empresa era ser uma agência de turismo virtual que possuía um atendimento personalizado para cada cliente, prezando pelo conforto dele antes, durante e depois das viagens. Além disso, o acervo é composto por conjuntos documentais relacionados a pacotes de viagens e projetos e serviços que visam a comodidade do cliente.

Desse modo, entendendo um pouco sobre a empresa, podemos elaborar um plano de classificação para os seus documentos. Primeiramente, realizamos a análise diplomática (que já foi explicada nesse blog - link aqui) deles e depois a tipológica (análise da função do documento de acordo com o contexto em que está inserido). Após isso, fizemos o plano de classificação para organizar o acervo de modo a facilitar a consulta pública.

Análise Diplomática mínima

Contextualização Tipológica
 * As imagens impossíveis foram encontradas na gaveta do Diretor de ilusão José Arcimboldo e, por meio de entrevistas com outros funcionários, descobrimos que faziam parte de um projeto virtual que visava o máximo aproveitamento do cliente para sua viagem virtual.

Plano de Classificação Tipológica

* Número de documentos = número de documentos originais + número de cópias. Exemplo: (4+7) = quatro documentos originais mais sete cópias.
** O sinal de interrogação indica a incerteza das datas. Quando o sinal está depois do mês [abr?/1996], significa dúvida só com relação ao mês. Quando o sinal está depois do ano [abr/1996?], indica que a data está imprecisa.

DEFINIÇÕES DAS FUNÇÕES ARQUIVÍSTICAS

Registro de projetos virtuais: Elaboração de imagens para a construção de projetos virtuais, visando o máximo aproveitamento dos clientes em suas viagens virtuais.

Descrição de viagem virtual com declaração do termo do contrato-padrão: Controle dos pedidos de viagens virtuais preenchidos pelos clientes, visando descrever qual será a viagem e de que forma será implantado o chip em seu cérebro. Contém também os dados pessoais do cliente para efetivar o contrato e termo de compromisso, visando eximir a empresa de danos causados ao contratante.

Registro dos preços dos serviços prestados pela empresa: Controle financeiro dos valores mensais atualizados cobrados por cada serviço prestado pela agência de turismo virtual.

Registro de compra de pacote de viagem: Controle dos pacotes virtuais efetivamente contratados e de seus valores pagos pelos clientes.

Registro de dados pessoais dos funcionários: Controle dos dados pessoais dos prestadores de serviço da empresa, visando manter atualizado o perfil do funcionário na parte de recursos humanos.

Divulgação dos serviços prestados pela empresa: Divulgação dos serviços prestados pela agência de turismo virtual, visando disseminar a ideia da empresa para obter um número de clientes cada vez maior.

O estudo da Diplomática permitiu a análise dos documentos da empresa de modo particular para o devido conhecimento de cada espécie documental, ou seja, definindo cada documento precisamente. Já a tipologia documental serviu para compreender melhor o significado dos documentos, prestando-se para (re)construir a história da empresa falida, sendo assim, importante para a memória organizacional. A MCEbyte, empresa com uma proposta tão inovadora não pode ser esquecida nuuuunca!! Quem sabe no futuro, a partir dos documentos organizados em seus devidos contextos, alguém tenta reviver essa ideia de maneira mais visionária, não é mesmo??!

Ajustes realizados: 
  • Análise Diplomática e Tipológica mínimas
Espécie: Imagens Impossíveis
Função: comprovação de projetos virtuais
Tipologia (reduzida): Imagens Impossíveis
Forma: rascunho
Formato: metade de uma folha avulsa
Dimensões: metade do tamanho ofício
Número de documentos*: 4

Espécie: Pedido de Viagem
Função: descrição da viagem virtual
Tipologia (reduzida): Pedido de Viagem
Forma: original
Formato: metade de uma folha avulsa
Dimensões: metade do tamanho ofício
Número de documentos*: 4

Espécie: Tabela de Preços
Função: registro dos serviços prestados
Tipologia (reduzida): Tabela de Preços
Forma: original
Formato: metade de uma folha avulsa
Dimensões: metade do tamanho ofício
Número de documentos*: 4

Espécie: Nota Fiscal de Venda ao Consumidor
Função: comprovação de compra do pacote de viagem
Tipologia (reduzida): Nota Fiscal de Venda ao Consumidor
Forma: original
Formato: metade de uma folha avulsa
Dimensões: metade do tamanho ofício
Número de documentos*: 4

Espécie: Ficha Funcional
Função: registro de dados pessoais dos funcionários
Tipologia (reduzida): Ficha Funcional
Forma: original
Formato: folha avulsa
Dimensões: tamanho ofício
Número de documentos*: 4

Espécie: Panfleto Publicitário
Função: divulgação dos serviços prestados
Tipologia (reduzida): Panfleto Publicitário
Forma: original
Formato: folha avulsa
Dimensões: tamanho ofício
Número de documentos*: 4

* Número de documentos de uma amostra documental que nos foi entregue.

Enganando Daniella mais uma vez

A atividade hoje é a de enganar (ou apenas tentar enganar) a Daniella que é especializada em análise de documentos. Dessa forma, escolhi o documento abaixo, um atestado médico direcionado a minha pessoa quando tive uma crise enorme de sinusite e não pude comparecer à aula de Diplomática. Assim, gostaria de saber se o atestado é verídico ou não... E aí, Daniella, será que foi adulterado?