sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Duplicidade e Espionagem

Na aula passada, dia 11/09, assistimos ao filme Duplicity, escolhido pelo professor André, para compor uma das atividades dessa semana. Durante o filme, fomos encarregados de observar documentos inseridos na narrativa, para posteriormente identificar seus sinais de validação, a autenticidade e a veracidade destes documentos escolhidos.

Imagem retirada da internet (Link aqui)

 Antes de começarmos a falar do filme, vamos contextualizar um pouco...
 
Os conceitos de autenticidade e veracidade são facilmente confundidos, mas nós, as Arqlindas, não deixaremos nossos queridos leitores dançando sem repassar a coreografia.

Vamos começar com o conceito de autenticidade. Segundo Duranti, um documento diplomaticamente autêntico é aquele que foi escrito de acordo com o tempo e lugar indicados e assinados pelas pessoas juridicamente competentes para a sua criação. A autenticidade pode ser compreendida como as características que conferem a confiabilidade do documento, tais como assinaturas, logomarcas, carimbos, marcas d'água, enfim... Sinais de validação que são alvos constantes de falsificação. Além disso, não se pode esquecer que a autenticidade está associada com o trâmite do documento, ou seja, para um documento ser autêntico, necessita ter passado por todo processo de tramitação referente a ele.
 
Seguindo, temos o conceito de veracidade. Enquanto a autenticidade diz respeito ao processo de criação do documento,  a veracidade se refere à qualidade da informação que compõe o documento.
Dizer que um documento é verídico, significa dizer que as informações contidas nele são reais.

Bom... Explicados, os conceitos, vamos ao que interessa: quais documentos do filme escolhemos?

  • Cartão de acesso da empresa Burkett Randle utilizado pela funcionária (Bárbara Bofferd) para acesso ao local físico:
  1. Contexto inserido: O personagem Ray Koval precisa entrar na empresa Burkett Randle para pegar um documento. Ele tem um plano: armar um encontro ao acaso com a funcionária da empresa, fingir ser outra pessoa, seduzir a personagem e persuadi-la a levá-lo para a empresa. Neste contexto, a mulher mostra sua credencial para Ray, a qual dá acesso ao local em que ele pretendia entrar.
  2. Sinais de validação: Logomarca e nome da empresa, assinatura de Bárbara, chip que garante o acesso da funcionária à empresa, formato da credencial.
  3. Autenticidade: O documento é autêntico, pois foi expedido pela empresa, dentro dos moldes estipulados e apresenta todas as características necessárias para conferir confiabilidade ao acesso da funcionária à empresa.
  4. Veracidade: A credencial é verídica. A personagem, no contexto do filme, é uma funcionária real da empresa, à medida que sofre consequências decorrentes do sumiço do documento. Logo, as informações contidas no documento de acesso são reais e verídicas.
  • Foto retirada das imagens da câmera de segurança da empresa (nome):
  1. Contexto inserido: As fotos são imagens retiradas do sistema de segurança da empresa Burkett Randle. O sistema foi acessado pelo fato de um documento importante ter sumido e começarem a investigar quem foi o culpado. A foto tem valor comprobatório de que a funcionária permitiu o acesso de Ray na empresa.
  2. Sinais de validação: Não possui.
  3. Autenticidade: o documento é autêntico, pois foi retirado do sistema de segurança inserido no âmbito da empresa. 
  4. Veracidade: a foto é verídica, pois Ray Koval e Bárbara Bufferd estiveram, de fato, presentes no local e na hora apresentados na filmagem. Logo, as informações apresentadas pelo documento de prova são reais.
  • Passaporte:
  1. Contexto inserido: o personagem de Clive Owen faz uso de um passaporte do Canadá para viajar pelo mundo. Estas viagens são feitas pelo motivo de seu plano em parceria com a personagem de Júlia Roberts de dar um golpe na empresa e roubarem a fórmula de um produto que prometeria acabar com a calvice.
  2. Sinais de validação: Brasão, símbolo do país (Canadá), a cor do passaporte condizente com o país, carimbos, assinaturas, foto.
  3. Autenticidade: inferimos que o passaporte é autêntico, à medida que as autoridades competentes aceitam como documento válido para realizar as viagens. Entretanto, constatamos que se o passaporte não foi emitido por órgão competente, ele não pode ser considerado autêntico mesmo se for aceito pelas autoridades. Segundo o conceito retirado do site da UFRGS, um documento é considerado autêntico quando ele transmite a informação correspondente àquela que contém a proposta inicial do respectivo tipo documental que é livre de adulterações ou qualquer outro tipo de corrupção.
  4. Veracidade: o passaporte não é verídico, pois o personagem Ray se passa por outra pessoa para realizar as viagens, logo, as informações contidas em seu passaporte são falsas.

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